Não lembro como me contaram que eu ia ganhar um irmão. Lembro, com algumas lacunas, o que me falaram quando ele nasceu e precisou ficar mais tempo que o ‘normal’, no hospital. O que mais me lembro desse período é que tudo era muito aventura, sabe? Um ser, pequeno, que ia habitar minha casa; um ser que habitava minha mãe. Mãe que eu ia passar a dividir com ele.
Com 4 anos a gente não sabe entender as coisas. O fato é que eu queria muito lembrar o que senti quando soube que você existia (mesmo sendo uma ‘sementinha na barriga da mainha’). O fato, é que me lembro da primeira vez que te vi. Todo de azul, cabelo preto, pequeno, muito pequeno. Todas as atenções eram suas. Minha vida já começara a mudar. Minha rotina virou outra (ok, ok eu nem sabia o que isso era). Visita ao hospital todos os dias; e, não entender o porquê de tantas rezas, pedidos e lágrimas quando a médica dizia que você não ia, naquele dia, pra casa.
Está vendo como nada acontece por acaso? Agradeço por, naquela época, ter apenas 4 logos anos de vida. Não precisei sofrer sem saber como você ia ficar ou quando você ia pra nossa casa. Ganhei um irmãozinho Pequeno.
E, ser irmã mais velha é um exercício. Ciúmes, zelo, dedicação, impaciência, raivas, alegrias, empurrões, abraços, beijos, olhares e risos cúmplices que palavras terrenas jamais conseguirão explicar.
Estou em um estado tão pleno de amor por esse meu ser Pequeno. Hoje, me basta ouvir sua respiração do lado da minha para que eu ganhe o dia.
Te amo, Pequeno.
Um comentário:
As maravilhas de um mundo só podem ser vista atravez do amor. Parabéns !!!!!!!
Postar um comentário