quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"Mas vale tanto a pena"

Achei que algumas épocas eram eternas, que algumas amizades só cresceriam, que algumas palavras eram incontestáveis, que só se atuasse nos palcos ou na tv, que a fé estava fora de provações. Achei que o amor era invulnerável a tudo e que todos seriam capazes de amar.

Sabe quando você pensa tanto que parece que já se passou um mês e, na verdade, ainda é ontem? Passou um mês de ideias e de ações, ações de dentro. E na velha história de não parar de pensar; eis que percebo o quão egoísta é o amor.

Essa história que o amor é altruísta é a maior mentira que já ouvi (e olhe que já ouvi algumas), acho que o amor mais próximo desse altruísmo é o de mãe e o de pai. Mas levando em conta que há quem não saiba ser mãe ou pai não farei disso uma regra.

Ninguém fica em alguma coisa se essa só faz mal. E quando fica, é doença. Se eu te amo e me amas ficas comigo... o amor flui. Se eu te amo e não me amas... não és obrigado a ficar comigo; pronto. Pois, ninguém ama por dois; ao contrário do que algumas personagens das novelas globais afirmam.

Não que o amor vá acabar aí... Pois, como já disse, uma vez, Arnaldo Jabor "Amor não exige a presença do 'outro'." Platão bem entende.

Não quero entender o amor, não mesmo. A graça disso tudo são as pequenas epifanias; e, pra mim, é disso que o amor é feito 'pequenas epifanias' (como diria Caio F.).

"Sobre o que é o amor, sobre que eu nem sei quem sou."

6 comentários:

Anônimo disse...

sobre o que eu nem sei quem sou.
Ando tão confusa, querendo sumir. Não quero pensar sobre amor, pq eu acho que sim, em cinco minutos, acho que não. NÉ?
hahahaha

te amo =*

Ana Clara disse...

que lindo o texto! =*

crap disse...

eu queria postar só um trecho, mas "a maçã" do raul é bem a impossibilidade do amor e todo o seu egoísmo.


TAMA!

Se esse amor
Ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor
Vai se gastar...

Se eu te amo e tu me amas
Um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais...

Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa num altar...

Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais...

Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar...

Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais...

Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar...

Natália de O. Souza disse...

APOIADO!

*:

Eric Bustamante disse...

O que não compreendes é que o amor é variável e não do jeito que você quer. Nenhum amor é imutável. Nem mesmo o amor extintivo; o amor à vida. Tanto é que existem alguns que cometem o suicídio quando estão sob pressão. O amor deve ser vivido com leveza. Dia a dia, sem contrato. Se tiver que acabar, que se esgote. Se for duradouro, que assim seja. Só faça a sua parte, para depois não se culpar. Se possível, garanta que se o outro não fizer, que a perda dele seja sempre maior. Ninguém gosta de perder. Talvez se tornando uma grande perda, você consiga aumentar as chances de um amor eterno...

Rsrs. Gostei tanto do meu comentário que postei no meu blog.

Eric Bustamante disse...

No lugar de amor extintivo leia amor instintivo. Rsrs. A palavra foi escrita errada. Três horas da madrugada... Eu acho que mereço um desconto. Agora, às sete, revigorado, quando fui ler o post no meu blog, vi que estava errada e corrigi.