terça-feira, 29 de julho de 2008

"Eu ando partida"

-Hoje eu tive um sonho!
-Você sonha muito?

-Antes sim, sonhava sempre, mas agora sonho algumas vezes enquanto durmo.
-Guria, você se pergunta muito?
-Não! Basicamente só o que não deveria.
-Então por que o faz?
- Porque eu sofro por querer.
-Eu não entendo! Por que alguém que tem escolha faria justamente a pior para si?
-Eu também sempre me fazia essa pergunta, mas eu só posso te responder é que um dia vc vai saber... É um mês que viram dois, que viram três, que viram quatro, até você se tornar um amontoado de dias...passados!

Trecho do texto de Lívia Vasconcelos (15/02/08) http://contraindicado.blogspot.com/

Lívia sempre consegue me explicar. Mesmo quando não quer, mesmo quando ainda não me conhecia.

Eu sonhava acordada o tempo todo, e hoje eu ando sonhando só quando durmo. E olhe lá. A vida anda me parecendo muito doída. Mas do que deveria ser mais do que, provavelmente, é. Talvez, por eu pensar demais. Talvez por querer que tudo saia do meu jeito (eu esqueço que não vivo em uma novela onde o mocinho é sempre bom e o vilão todo mundo sabe quem é). Ou por me perguntar demais e esquecer que, às vezes, as coisas simplesmente são.

E como dizia Shakespeare: “... aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que, não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo (a) de vez em quando, e você precisa perdoá-la por isso.”

Ah, esquece e vai sorrir! E lembra de lembrar sempre disso!

sábado, 26 de julho de 2008

"Abra os olhos e as janelas, deixa o sol te iluminar..."

Certo dia, assisti "A dona da história" e uma frase não saia da minha cabeça: “Não é coinciência demais o amor da sua vida aparecer justo na sua vida?".

Não acredito em conhecidência e quero continuar não acreditando. Sorte, acaso... tão vazios. Explicar um acontecimento com um simples ‘pura conhecidência’ é acreditar que nada na vida tem uma explicação. É acreditar que aquele NÃO não valeu de nada, que aquele SIM, que te rendeu frutos, poderia ser descartado. Não que a gente entenda ou vá entender, mas, tudo acontece exatamente do jeito que tem que acontecer. Talvez, um dia, a gente pare e entenda. Entenda que é preciso saber viver.

O amor aparece onde tem que aparecer. E se ele vai ser O da sua vida é questão de estar atenta aos sinais. Um sorriso que te deixa vermelha, um olhar que te aquece até a alma, um toque que te arrepia a espinha, um alô na hora mais inesperada, um recado esperançoso, uma presença nunca antes sonhada, o sonho que te faz acordar cantando. Os sinais. Ah, os sinais!

"O mundo inteiro viu os seus sinais, até parece que isso não assusta..." Cidade Negra!

terça-feira, 15 de julho de 2008

"De repente a vida pode ser uma viagem"

O que é Fugir?
v.i. Afastar-se, retirar-se, desviar-se apressadamente para escapar (a alguém, algum perigo, ou de algum lugar).
Um verbo que não precisa de complemento. Ele se faz entender.

"Vamos fugir?! Pra outro lugar?!
Vamos fugir!"

Para fugir é preciso ir só? Mas ir só traz uma sensação de solidão. Então... Fugiremos para um outro lugar, e lá não poderemos falar de qualquer coisa que nos remeta a esse lugar velho e fadigado.

Um significante novo sempre tem o seu valor (será que eu to com saudades de Teoria da Comunicação?!).

Fugir tem que acarretar em um voltar?
Eu sei que vou querer voltar, mas não sei quanto tempo eu vou agüentar ficar por lá, naquele lugar recém encontrado. Ficar sem ter notícias, sem ter presenças.

Acabo não indo. Por medo de deixar o que me é especial aqui. Será que quando eu voltar ainda vai estar aqui? Afinal, somos seres que se transformam com uma velocidade incrível.

Medo. E milhares de perguntas se infiltram e se fixam.

E aí, vamos fugir?!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

"Com os passos mudos de uma reticência!"

Hoje eu encontrei nas palavras de Marco Loschiavo, Luiz Ribalta e Sérgio Filho o que estava tentando dizer...

Lupado - Gram

Fui amigo meu
Eu, pra mim, fui bem
Andava meus pés
Mas deixei-me aqui
Não fiquei nenhum
E agora me sobro num qualquer

Sou um plano por trás de mim
Sou o que eu só sei
Meu resto me quer
Estou vivendo pra quem?
Um ou dois em um
Até quando eu ou eu quiser

Sou minha vez, vezes mais
Vezes me creio em minha voz a me dizer:
"Seja perfeito enquanto der!"
Sou a cara de alguém
Lupado em mim
Lupado em mim, mim, mim...
Quem acordo amanhã?
Depende se eu me sonho mal
Quem não durmo amanhã?
Deve estar me sonhando acordado
Se fiquei pra depois, me sei um pouco mais
Nesse retrato sou eu, mas quem me era?

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Quem mordeu o fruto?


Pensamento...
Essa a parte de mim que não tira férias, que não descansa e que faz de mim quem eu sou, ou quem eu não sou.
Por que não podemos só ser? Por que procurar explicação?
Penso logo existo?

"Somos mais felizes quando não pensamos."

Fazer...
Falta coragem pra ver que é preciso agir.
Que é preciso transformar a potência em ato.
Que a vida é concreta e que pensar, somente, não nos leva ao outro nível.

“Sem pensar em nada viajar no tempo...” Vou te convidar - Zeca Baleiro

segunda-feira, 16 de junho de 2008

"Eu vejo tudo enquadrado!" ?

A calma que vem da alma e se exala por todo o ser se faz transparecer em cada singelo gesto, em cada sorriso de canto de boca, em cada palavra dita, em cada olhar lançado.
A calma sabe dos problemas, mas os leva numa sacola muito bem amarrada para que eles não escapem.
A calma é exata porque não é habitual. Ela vem tão rápido quanto vai. Ela é necessária quando é apropriada, quando não é forçada.
Um brinde à nossa calma que não é de todos os dias.


"De onde vem a calma daquele cara?" Los Hermanos

domingo, 8 de junho de 2008

"Abre a janela agora, deixa que sol te veja...

... é só lembrar que o amor é tão maior"


Na pista de dança, um casal me chamou a atenção. Ele olhava pra ela como se não houvesse mais ninguém ao redor; ela cantava, chorava e o beijava. A cumplicidade dos olhares me deixou hipnotizada. O amor ali era tão evidente que dava pra tocar. Aquela cena me fez pensar em tudo que atribuímos ao amor. As dores, os sorrisos, a responsabilidade dele nas nossas vidas. O que mais me surpreende nele é a capacidade de se camuflar, de se adaptar a tudo e a todos. É estranho, mas ele sempre acaba sendo a resposta. Por mais diferentes que sejam as perguntas, ele ainda é a resposta.
Acho que no final a gente descobre que o amor sempre foi simples e a gente que complicava.
Pode ser que nem seja assim... Mas gosto de pensar dessa forma. Deixa-me com mais esperanças. Deixa-me mais crente nesse ser, o amor!


Aquele casal pode ter todos os problemas do mundo. Mas ali, ali era só o amor!