Certa vez Ismália se envolveu com um rapaz que fazia suas borboletas dançarem e que parecia perfeitamente indicado. Indicado a qualquer coisa que se pretendesse começar.
Se entregou como já era de se esperar. Ela é esse tipo de gente que se entrega mesmo, sabe? Que vai... Mesmo sem saber no que vai dar.
E como a Ismália do poema... Ela se entregou a Lua.
E como ainda não ganhou sua bola de cristal... Ismália sofreu.
Muitos poderiam dizer que aquilo era óbvio; muitos diriam que Ismália não sabe fazer escolhas.
Muitos não sabem como ela se sente e como se sentiu.
E como a Ismália do poema... Ela se perdeu no seu sonho.
Dois de seus órgãos brigam numa eterna luta.
O cérebro quer dominar Ismália; mas, o coração consegue (inacreditavelmente) ser o controlador das ações da pobre garota.
Ismália se parte em duas. A que quer partir e esquecer; e a que insiste em ficar, esperar e querer.
Mas, existem coisas que não aceitam metade. Tipo metade de um beijo, metade de um abraço, metade de um carinho, metade de um alguém.
É bem isso: "Ou frio ou quente... Morno não serve!"
O que Ismália precisa é de uma fusão entre as duas partes perdidas de si. Perdidas porque nenhuma consegue ser eficaz sozinha.
E ela quer um fim diferente da Ismália do poema...
"As asas que Deus lhe deuRuflaram de par em par...Sua alma subiu ao céu,Seu corpo desceu ao mar..."Alphonsus de Guimaraens - Ismália