"Só o cheiro do seu cheiro não quer me deixar mais em paz. Nos ares dos lugares, onde passo e onde nunca estás."
Lembra daquela blusa branca com detalhes azuis? Pois bem, era minha preferida. Hoje não uso mais. Sei lá, não gosto mais. Será que com o amor é assim? Um dia a gente acorda e vê que não ama mais determinada pessoa? Ou a gente vai recebendo sinais ao longo do tempo de que não ama mais?
Já fui de ter uma opinião certa sobre isso. Mas hoje... Como sou uma unidade de contrários, hoje eu não sei. Será que se transforma? Será que acaba mesmo? E se acaba mesmo foi amor de verdade?
Há sempre de ser amor. Mesmo que seja no passado, ne? Existiu. Não pode de uma hora pra outra virar nada. Mesmo que se transforme em um carinho, em uma “importância”. Afinal: “Ele já foi o amor da minha vida!”. Uma vez um professor meu disse: “O contrário de amor é indiferença!”. Mas quem consegue ser indiferente a alguém que já amou?
Quem será que vai conseguir um dia me explicar o que é o amor e como é esse negocio de desamar? Isso me leva à outra questão: só se ama uma vez na vida?
Adoro jogar perguntas no papel. Mesmo sabendo que a resposta que ele vai me dar não é tão completa como a que eu gostaria. Sei lá, me sinto compreendida. Sei que, pelo menos, meu papel me entende.
..
*